sexta-feira, 18 de junho de 2010

Para uma gravidez saudável

Por Almir Silva Gomes

Fonte: aminhagravidez.com

O nascimento de um filho representa momento especial na vida dos pais, principalmente da mulher. O período da gestação dura cerca de 40 semanas depois do último ciclo menstrual. Várias mudanças ocorrem no corpo feminino e alguns cuidados são necessários para garantir a saúde da gestante e do bebê.

No primeiro e segundo trimestre, a mulher tende a ficar mais sensível e ocorrem mudanças corporais, como o aumento dos seios. Os enjôos, náuseas, irritação e mal estar são comuns nessa primeira etapa. A barriga começa a crescer com o desenvolvimento do feto. Com este crescimento, a bexiga feminina é pressionada aumentando, conseqüentemente, a freqüência urinária. Especialistas consideram que uma gestação saudável implica em um ganho de peso de até 13 kg, durante os nove meses.

No terceiro e último trimestre de gravidez, a gestante deve seguir corretamente o pré-natal, para evitar os riscos de parto prematuro. A barriga chega ao seu tamanho máximo.

Para uma gestação segura também é necessário ter uma alimentação saudável, evitando excessos de alimentos à base de açúcar e gordurosos. Atividades físicas  feitas com moderação, como caminhada ou hidroginástica, que privilegiam a gestante e o bebê. Auxiliam no relaxamento muscular e preparo para a saída do bebê, além de combater o estresse e a ansiedade.

Saiba Mais:

O ginecologista e obstetra da Clínica São Lucas em Belo Horizonte, Dr. Luis Cláudio Corrêa, dá outras dicas para uma gestação mais tranqüila e saudável. “É preciso evitar medicamentos sem prescrição médica e o fumo, não só na gravidez como em qualquer parte da vida. O uso de salto alto pode ser prejudicial às articulações, recomenda-se calçados baixos e confortáveis”, aconselha.

A gestante dentro de um grupo habitual realiza consultas mensais. Elas passam a ser quinzenais nos últimos dois meses. Ultra-sons são feitos cerca de três a quatro durante o período, geralmente. Com isso evita-se o nascimento prematuro permitindo chegar ao final da gravidez em melhor condição.

Para a gestante Vilma Soares, algumas mudanças incomodam, mas é um momento especial. “O que mais incomoda é o aumento de peso, dores na coluna, inchaço e mal-estar. Mas é uma etapa na vida que passamos com muita emoção e alegria” diz.


Cada gravidez é única e torna-se importante que a gestante se prepare tanto física quanto emocionalmente, pois trás transformações não só no corpo, mas também na vida pessoal, social e profissional. A psicóloga da Maternidade Hilda Brandão da Santa Casa, Beatriz Helena, destaca a importância de se orientar as gestantes para ajudá-las a enfrentar alguns medos. “Ela deve procurar um profissional especializado, um psicólogo ou um obstetra, para conversar a respeito do seu corpo e das suas emoções”, afirma.

O pré-parto

O pré-parto é um período de preparação para o trabalho de parto. As mudanças no corpo, como descimento da barriga, dores lombares e contrações mais intensas, indicam a proximidade do nascimento do filho. Esse período pode variar de mulher para mulher, mas acontece cerca de 15 dias antes do parto.

Um dos maiores dilemas das futuras mães é quanto ao tipo de parto. Segundo o Dr. Luis Cláudio Corrêa, a melhor opção é o parto normal por oferecer os melhores benefícios para a mãe e o bebê, recorrendo-se à cesariana somente quando necessária. “O que a gente sempre preconiza para cada gestante é o parto seguro, sendo ele, na grande maioria dos casos, o parto normal. Às vezes, o medo da gestante não é o da dor, mas de ocorrer algum problema durante o trabalho de parto. Porém, se o pré-natal foi feito corretamente e tudo indicar que mãe e filho estão bem, não há porque recorrer a uma cesárea”, disse o médico.

“É preciso ficar calma e ter o pensamento de que tudo vai dar certo, pois é um processo tenso mas muito feliz” diz a grávida Aline Vilandes que também considera importante o suporte familiar no pós-parto. “as condições físicas e emocionais de uma criança que nasce com estrutura familiar são melhores aproveitadas” compreende.

O pós-parto

Após o nascimento do filho é comum que surjam sentimentos mais intensos e, por vezes, conflitantes de acordo com a vida social e pessoal da gestante. Pode acontecer rejeição, depressão pós-parto, o medo da primeira gravidez com as responsabilidades com o bebê, ansiedade de segurá-lo adequadamente, não ter o apoio de alguém da família, querer entregar para doação, ser paciente psiquiátrica, entre vários outros casos.

O trabalho desenvolvido na maternidade procura orientar as gestantes para melhor aceitação e cuidados com o recém-nascido. Beatriz afirma que “cada caso é muito específico. É desenvolvido um trabalho psico-social mesmo, não só a preparação psicológica da mãe com a família, mas também a orientação social” acrescenta.

Superando as angústias os vínculos serão estabelecidos entre a criança e os pais de forma gradual e confiante. Cabendo aos pais oferecer segurança, proteção e carinho a esta nova vida.

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Confira na íntegra a entrevista com o Dr. Luis Cláudio Corrêa e as indicações médicas




 
Veja o vídeo com as dicas com os principais cuidados e recomendações na gestação




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